segunda-feira, 21 de junho de 2010

ÁGUIA OU GALINHA?



ÁGUIA OU GALINHA?

Galinha:

* Galinha tem asas; mas não levanta vôo.
* Tem olhos, mas não ataca.
* Tem bico, mas não ataca.
* Tem pés, porém não é ligeira.
* Tem garras, mas não se defende.
* O destino da galinha é ser caça.
* Seu mundo se resume num quintal.

Quem tem olhar dispersivo ou vive olhando para o chão, jamais teve uma visão real de Jesus.

Aguia:

* Não come nada em estado de decomposição.
* Tampouco bebe água suja.Sua possantes asas lhe permitem um vôo impetuoso, porém seguro e bem direcionado.
* É monógama. Só aceita um único macho durante toda a vida. Não se “prostitui”.( A fidelidade é traço característico das águias de Deus, porque “Deus é fidelidade...” (Dt 32:4).)
* É livre. Vive em liberdade e não aceita cativeiro. Se presa, não come, nem bebe. Ninguém jamais viu uma águia numa gaiola, nem mesmo num zoológico.( Não nascemos de novo para viver confinados no terreiro de uma vida medíocre. “Pra a liberdade foi que Cristo nos libertou... não vos submetais de novo a jugo de escravidão”. (Gl 5:1).)
* Enfrenta a fúria das tempestades; dos ventos retira a força necessária para alçar vôo aos picos mais elevados.
* É corajosa e destemida. Essa é uma característica própria da águia – ela não se intimida diante de uma tempestade. Quanto mais forte o vendaval, mais alto ela sobe.
* Quando vê o prenúncio de um vendaval, sai logo do ninho, abre as asas, estufa o peito, e aproveita a fúria dos ventos para alçar vôos mais altos.
* Aproveita os redemoinhos, as intempéries, porque gosta de estar acima das nuvens.

Existe um 100 número de espécies de galinha.
A águia é espécie rara.
O destino da galinha, coitada, é a panela ou o espeto. Águia, ao contrário, não é alimento. É devoradora. Está ainda por existir quem saboreie um espetinho de asa de águia.
O mundo da galinha se resume a poeira, lama, sujeira. O da águia não tem limites. O seu limite é o céu.
O problema da galinha. Sua visão é deficiente. Além do mais, seus olhos laterais não lhe permitem fixar ambos num mesmo alvo. Para pegar um grão ela inclina a cabeça. Porque o vê com apenas um dos olhos. Não consegue fixa-los naquilo que deseja.
Quando adoece, a galinha fica de asas caídas, jururu, dependente de socorro. Ninguém jamais viu uma águia doente. Quando debilitada, reúne todas as forças que tem para se refugiar no alto. Não fica por aí à espera de piedade.

Semelhantes à galinha, muitos cristãos têm olhos laterais, que nunca olham simultaneamente na mesma direção – um olho está em Jesus e o outro no mundo. Na igreja cantam música de louvor; em casa, músicas mundanas, de conteúdo impuro, lascivo, negativo. Na igreja passam a imagem de um comportamento exemplar. No trabalho, na escola, sua conduta deixa muito a desejar. Com os de fora, são solícitos. Em casa não são capazes de lavar um copo. Têm cada olho voltado para um lado. Espiritualmente são estrábicos.
O filho pródigo tinha visão própria de galinha. Um olho estava no pai; o outro, no mundo. Por isso o mundo o seduziu.E ele se foi. Mas voltou cabisbaixo, despido, sem autoridade. Sua visão lateral tornou-o presa fácil do inimigo.
Deus não nos chamou para ter visão de galinha. Galinha só olha para os lados e para baixo. Nunca para o alto. Toda sua expectativa está ligada ao chão

Jesus quer se revelar a nós para ampliar nossa visão além dos limites do “quintal” em que temos vivido até agora. Deus nos habilitou a enxergar sem distração, sem dispersão. Deus não nos criou com olhos laterais.
Nossos olhos são frontais. Fixemos ambos em Jesus.

Maria Madalena, na manhã da ressurreição, foi ao túmulo com o intuito de embalsamar o corpo de Jesus. Chorando, abaixando-se e olhou para dentro do túmulo.
“Mulher, por que choras?” perguntaram-no os dois anjos que ali estavam.
“Porque levaram o meu Senhor, e não sei onde o puseram”, respondeu (Jo 20:13).
Voltando-se viu um homem que julgou ser o jardineiro. Ela não reconheceu Jesus.
Maria Madalena estava olhando para baixo. Procurava entre os mortos Aquele que vive pelos séculos dos séculos. Sua visão estava distorcida pelo estrabismo da derrota e da morte. Olhou para Jesus e viu um simples jardineiro.
À semelhança de Maria, dois discípulos, a caminho de Emaús, não reconheceram Jesus. Fizeram a viagem lado a lado com ele, mas julgavam-no um estranho.
“Os seus olhos, porém, estavam como que impedidos de o reconhecer” (Lc 24:16).
Quem olha para Jesus e vê apenas um jardineiro, está com olhar voltado para a terra. Quando andamos lado a lado com Jesus e não mais o reconhecemos, porque nos deixamos cegar pelas circunstâncias.
Muitos filhos de Deus ainda não aprenderam a ver Jesus como Senhor e Rei.
“Então se lhe abriram os olhos, e o reconheceram...” (Lc 24:31).
O próprio Senhor se dignou aviar a receita para nossa “visão” deficiente, limitada pelas circunstâncias adversas e até mesmo por pequenos problemas do dia-a-dia.
“Aconselho-te que de mim compres... colírio para ungires os teus olhos, a fim de que vejas” (Ap 3:8).
Uma jovem seminarista disse que não conseguia entender como Jesus poderia ter vencido o diabo na cruz, uma vez que o maligno continua atuante na terra.
Quem não vê vitória no Calvário sofre “das vistas” espiritualmente. Precisa elevar os olhos ao céu e contemplar Aquele que tudo vê. Necessita desviar os olhos do chão e olhar “firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus... assentado à destra do trono de Deus” (Hb 12:1).
Davi não temeu enfrentar Golias, quando todo o exército de Israel se intimidou perante ele. Sua coragem, sua audácia devia-se à visão que tinha do seu Deus. Davi não olhava para baixo, para o vale onde se encontrava o inimigo, mas para o alto, onde podia contemplar o Senhor dos Exércitos, o Deus vivo, e de lá receber orientação.
“A ti, que habitas nos céus, elevo os meus olhos!... os nossos olhos estão fitos no Senhor, nosso Deus...” (Sl 123:1,2).

Deus nos chamou para sermos águia. Para olharmos de cima. Para alçarmos vôo face às circunstâncias adversas. Para vivermos nas alturas – sem nos cançar, sem nos fatigar.
O alvo da águia é ganhar altura.
Façamos como Davi: “Os meus olhos se elevam continuamente ao Senhor...” (Sl 25:15).
“Pois em ti, Senhor Deus, estão fitos os meus olhos...” (Sl 141:8).
Ser uma águia depende da visão que se tem de Jesus. Quem tem uma visão tacanha do Rei dos reis jamais será uma águia.
Deus quer que sejamos águia. Jesus quer que voemos na tempestade. Quer que sejamos caçadores. Que enfrentemos o vento, e, quando vier a luta, subamos mais alto ainda.
Apreciamos uma forte tempestade e aproveitamos sua força para subir, ou preferimos catar grãos de uma bênção aqui, outra ali?
Jesus quer abrir-nos os olhos e transformar-nos em águias, para alçarmos vôo com ele.
Ele nos deu visão frontal para o contemplarmos em toda sua plenitude. Rejeitemos toda tentativa do diabo em querer condicionar nossa visão às limitações de um quintal. Desfaçamos toda a obra das trevas que tem tentado manter nossos olhos no chão, voltados para as circunstâncias.

CONCLUSÃO:

Deus tem, igualmente, o melhor para aqueles que se negarem a ter a visão limitada de uma galinha. Sua promessa é que, se quisermos, e lhe dermos ouvidos, comeremos o melhor desta terra (Is 1:19).
Mas, infelizmente, há cristãos que só se alimentam de restos. Só comem sobras dos outros, porque não buscam alimentar-se direto da mão de Deus.
O mundo tenta nos seduzir com seus grãozinhos, suas minhoquinhas, seu lixo, para nos manter presos ao chão, à lama. E muitos de nós têm-se alimentado do seu lixo. É só olhar o que andam lendo e vendo na tv. Mas quem tem a natureza da águia levanta vôo e lá “dos lugares celestiais” escolhe com critério com que se alimentar, porque prefere o cardápio farto e selecionado da verdade de Deus.
“Como a águia desperta a sua ninhada e voeja sobre os filhotes, estende as suas asas e, tomando-os, os leva sobre elas”, assim o Senhor nos sustenta e, em caso de titubearmos, abriga-nos sob suas potentes asas. Ele está sempre por perto para nos socorrer. Suas asas são sempre o melhor e mais seguro abrigo.
“Cobrir-te-á com suas asas, sob suas asas estarás seguro...” (Sl 91:4).

Oração:

Senhor,

Quero ser como uma águia, quero voar acima das nuvens, quero habitar nas alturas.
Meu desejo é ser como desejas que eu seja.
Livra-me a mente da mediocridade; liberta-me da visão tacanha, pequena e distorcida que tenho tido de ti até então. Quero vê-lo como tu és; como o Jesus ressurreto, poderoso que o apóstolo João contemplou.
Renova a minha visão.
Abra-me os olhos para que eu possa contemplar tua beleza e majestade.
Eu me declaro livre como águia de Deus para a glória do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Amém.